‘Desarmonização’ facial: por que muitas pessoas estão desfazendo procedimentos?
O Brasil ocupa uma posição de destaque no mercado global da estética, sendo o segundo país com maior número de intervenções estéticas, atrás apenas dos Estados Unidos, apontam dados da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética. Além disso, é líder mundial em turismo cirúrgico, atraindo pacientes de diversas partes do mundo pela combinação de preços acessíveis e alta qualidade técnica.
Em um cenário de rápida expansão — o setor de estética no Brasil cresceu cerca de 15% ao ano, com mais de 2 milhões de procedimentos realizados apenas em 2024, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) —, a harmonização facial está entre os tratamentos mais procurados.
Apesar do crescimento exponencial, com o mercado global da estética já avaliado em US$ 127 bilhões — conforme a empresa de consultoria Grand View Research —, uma palavra tem gerado receios e polêmicas: “desarmonização”. Nas redes sociais, é comum nos depararmos com notícias de famosos que retiraram o preenchimento do rosto, a exemplo de nomes como GKay, Lucas Lucco e Deborah Secco. De acordo com a médica Dra. Sheila Matielo, o termo é um equívoco que precisa ser desmistificado.
O mito da desarmonização: “harmonização é sobre equilíbrio”
“A palavra ‘desarmonização’ assusta muita gente, mas ela não é o que deveria nos preocupar. A harmonização facial, quando realizada por um profissional qualificado, deve realçar a beleza natural do paciente, não mudar completamente suas feições. O que as pessoas chamam de desarmonização, na verdade, acontece apenas quando algo não ficou como esperado ou foi feito em excesso”, afirma a Dra. Sheila.
Medo de mudar? O tempo já faz isso com você!
Outro ponto importante levantado pela especialista é o receio que muitos pacientes têm de passar por procedimentos estéticos. Segundo a Dra. Sheila, a ideia de que um tratamento pode “mudar muito” é um mito.
“O que muitas pessoas não percebem é que o tempo já está mudando suas feições constantemente. Com o envelhecimento, perdemos volume facial, a pele fica mais flácida e os sinais de cansaço se tornam mais evidentes. A harmonização facial, nesse sentido, é uma forma de suavizar essas mudanças naturais e devolver frescor à aparência.”
A médica também reforça que, no Brasil, há uma grande preocupação em usar as técnicas mais avançadas e seguras para garantir resultados naturais e duradouros. “O avanço da tecnologia tem nos permitido oferecer tratamentos minimamente invasivos que atendem à crescente demanda do mercado estético eficientemente”, explica.
A busca por equilíbrio continua crescendo
Com a procura por procedimentos estéticos crescendo 40% nos últimos quatro anos, conforme estimativa da Pesquisa Global Anual sobre Procedimentos Estéticos/Cosméticos da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (Isaps), e o mercado brasileiro liderando em diversos aspectos do setor, o que se destaca é a preferência por resultados naturais e personalizados.
No entanto, a Dra. Sheila reforça um ponto essencial para quem busca realizar procedimentos estéticos: “A escolha do profissional é a etapa mais importante de todo o processo. Harmonização é técnica, cuidado e bom senso. E com esses três pilares, é impossível falar em ‘desarmonização’.”