A queda de cabelo é um dos efeitos colaterais mais temidos pelos pacientes que enfrentam o tratamento de algum tipo de câncer. Esse reflexo da quimioterapia é particularmente mais difícil entre as mulheres, que tem nas madeixas bonitas e bem cuidadas uma expressão de sua personalidade e feminilidade.
Embora seja transitória, a perda dos fios mexe com o emocional, afetando muito a autoestima e a qualidade de vida de quem realiza tratamentos oncológicos. Contudo, já existe uma técnica que ajuda a prevenir esse problema. Saiba mais a seguir!
Para começar, é preciso ter em mente que a doença em si não é responsável direta pela perda massiva dos fios. Mas claro, em alguns casos existe uma diminuição, que não é de grandes proporções. É o tratamento do câncer, principalmente a quimioterapia, que gera a queda.
Isso acontece porque as substâncias utilizadas atuam diretamente sobre as células que se reproduzem de forma rápida – uma característica das mutações cancerígenas – para conter o desenvolvimento e impedir que cheguem a outras partes do organismo. Porém, os folículos capilares também se reproduzem de forma rápida, quase constante, e acabam afetados pela quimio.
É essa interferência no desenvolvimento dos fios que causa a queda e pode afetar os cabelos, sobrancelhas, cílios e pelos corporais. O mesmo pode acontecer durante a radioterapia, mas com menor frequência e apenas na área específica do tratamento.
Recentemente, uma nova técnica vem sendo utilizada para prevenir esse efeito colateral: a crioterapia. Nesse tratamento, uma touca gelada é utilizada para diminuir a circulação sanguínea na cabeça, contraindo os vasos sanguíneos e evitando que os quimioterápicos cheguem até os folículos capilares, evitando assim a queda.
A touca deve ser colocada 30 minutos antes da sessão e só pode ser retirada de 90 a 120 minutos depois do seu término, a fim de garantir resultados mais eficientes. Porém, os benefícios da crioterapia variam de acordo com a substância utilizada para a quimioterapia e sua concentração. Por isso, o mais recomendado é sempre conversar com o médico responsável pelo tratamento.
Apesar de recente, a crioterapia já é recomendada por muitos oncologistas e bastante indicada para quem trata o câncer de mama, por exemplo. Inclusive, a apresentadora Cristina Ranzolin foi uma das pessoas que apostou na técnica para prevenir a queda.
Todavia, o efeito gelado promovido pela crioterapia pode causar desconforto e dor de cabeça em alguns pacientes devido ao tempo que é necessário manter a touca na cabeça. Então, a conversa prévia com um profissional é essencial.
Além disso, o uso da touca gelada não é indicado para todos os casos. Pessoas com câncer na cabeça, pescoço, sistema nervoso e leucemia devem evitar a técnica, pois ela pode atrapalhar a chegada dos quimioterápicos às células doentes, afetando o tratamento contra o câncer.
Naturalmente, os fios costumam crescer de novo dois meses após o fim do tratamento, voltando ao normal entre seis meses e um ano. Existe a possibilidade de os primeiros fios serem diferentes do cabelo pré-quimioterapia, o que acontece porque os folículos estão se recuperando dos efeitos dos quimioterápicos. Essa é uma fase de transição e o cabelo retoma a aparência original com o passar do tempo.
Para finalizar, algumas orientações e cuidados prévios podem ajudar muito neste período de adaptação:
Tratamentos e protocolos específicos para a saúde da sua pele.
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